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Bobox

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Outras  tecnologias do Futuro

Não há novidade alguma dizer que aInformática anda mais rápido que podemos imaginar ou mesmo acompanhar. As novidades pululam em cada canto, em cada indústria. Algumas são avassaladoras e entram muito rapidamente em uso, são adotadas quase que instantaneamente. Outras demoram um pouco mais, pois carecem de algum amadurecimento do mercado e muitas vezes também precisam de reduções substanciais de custo para serem incorporadas. Pesquisei e destaquei algumas destas tecnologias emergentes, em diferentes graus de adoção atual e perspectivas de crescimento para os próximos anos.

São as apostas que faço. Espero que todas elas vinguem, algumas já estão quase lá ou já chegando! São as direções que o mercado produtor e consumidor deverão seguir. Espero que meu “chutômetro” esteja bem calibrado em relação às tecnologias apresentadas. Após cada um dos itens verão os meus palpites sobre eles. Espero que teçam seus comentários relativos aos pontos apresentados, complementem e corrijam minhas estimativas de adoção, etc. Conto com os “pitacos” e opiniões de todos!

ENERGIA SEM FIO -é uma tecnologia que permite aos usuários carregar todos os seus dispositivos elétricos sem usar fios, eliminando a necessidade de vários cabos, adaptadores e plugs. O brilhante e visionário Nicola Tesla  vislumbrou esta tecnologia em 1899 e até fez experimentos “aterrorizantes” e quase chegou lá. Seu legado é hoje responsável pela incrível tecnologia agora se tornando produto real. Utilizando princípios da indução magnética, a energia elétrica é transmitida através de uma base ultra-fina (ligada a uma tomada), que também pode ser embutida em uma parede ou disposta sobre uma superfície, para atender a dispositivos eletrônicos colocados próximos dela. O fabricante Powermat acredita que a tecnologia será incorporada nas construções e nos equipamentos eliminando gradualmente a necessidade de acesso às tomadas elétricas e no futuro irá eliminar a necessidade de cabos elétricos em ambientes domésticos e de escritório, permitindo a realização do sonho da “Casa/Escritório sem Fios”. Esta tecnologia irá revolucionar a forma como se recebe e transmite energia em nossas casas, empresas, instituições educacionais, e outros ambientes que atualmente dependem de acesso a múltiplas tomadas elétricas para receber energia. Tanto aparelhos podem ser carregados (celulares, iPod, brinquedos, etc.) como aparelhos comuns como abajures, liquidificadores, TVs, podem ser alimentados por este tipo de dispositivo.

A indução magnética é a tecnologia que faz um motor elétrico funcionar, criando movimento apenas pela criação de um campo energético sem ao menos tocar no rotor. Usada de outra forma, esta tecnologia do século dezenove, mas profundamente repensada é quem tornará o mundo sem fios possível. O produto Powermat deverá chegar até o final de 2009 ao mercado custando cerca de US$ 100 para a base (local sobre o qual se aproxima o dispositivo a ser carregado) e US$ 35 para cada adaptador (para cada aparelho sendo carregado).
Grau de adoção : 1%

Potencial de crescimento : 25%

Previsão de adoção em massa : 2011

2009 Powermat é lancado na CES

2011 Outras empresas assimilam a tecnologia e aPowermat tem concorrentes de baixo custo

2019 Novos prédios de apartamentos carregam seus eletrodomésticos sem fio


TVs e Monitores OLED : o termo OLED significa “diodo orgânico emissor de luz” e desponta com uma tecnologia revolucionária que irá substituir plasma e LCD nos visores de dispositivos, painéis audiovisuais, monitores e TVs. Usa partículas baseadas em carbono, a matéria prima da vida como conhecemos (por isso orgânico) para converter pulsos elétricos ordenados em emissão controlada de luz. O que torna OLED tão atraente é o seu conjunto de características singulares como tempo de reposta incrivelmente rápido, visualização de qualquer ângulo, extraordinária reprodução de cores, não necessitam de luz por trás (backlight), pois geram por si toda a luz necessária (ao contrário de plama e LCD), níveis de brilho e contraste únicos, baixo consumo de energia e sua forma que permite criar dispositivos ultrafinos e leves. Os cientistas demoraram a conseguir combinar diversas cores em painéis OLED (no início eram monocromáticos), mas com a aplicação de materiais combinados aos polímeros de carbono as variações de cores foram obtidas com grande precisão e fidelidade.

Explorada ao limite a tecnologia permitirá a criação de “papéis de parede” OLED, com apenas um milímetro de espessura que poderá vir a ser um monitor de computador ou a TV de sua casa no futuro. Grandes fabricantes como Sony, Samsung, Apple, Kodak, entre outros estão fortemente comprometidos com a pesquisa e aplicação da tecnologia. A Sony apresentou em janeiro de 2009 na CES um protótipo de notebook usando OLED em seu painel, visando qualidade e menor consumo de energia e protótipo de monitor 1080p (full HD). Já foram anunciados displays OLED de 11 polegadas ao custo de US$ 850. O custo ainda é limitante para sua adoção em massa, mas como sabemos isso é apenas questão de tempo.

Grau de adoção : 3%

Potencial de crescimento : 35%

Previsão de adoção em massa : 2011

2009 Monitores OLED de baixa resolução disponíveis

2011 Custo mais acessível e tamanhos maiores impulsionam a adoção

2013 Painéis grandes estendemmonitores e TVs OLED para todo o mercado substituindo LCDs



BLU-RAY : Esteve recentemente participando de forte embate contra a tecnologia HD-DVD para armazenamento de dados em discos removíveis e ganhou definitivamente a batalha em fevereiro de 2008 com o apoio das gigantes Fox, MGM, Warner e Columbia. Esta vitória foi importante, pois com dois possíveis formatos a adoção de qualquer tecnologia fica muito prejudicada. Permite gravar em camada dupla até 50 Gbytes de informação, suficiente para conter mais de quatro horas de vídeo em resolução Full-HD (1920×1080), o novo padrão de qualidade para a indústria de entretenimento e vídeos domésticos. Mantém compatibilidade com os DVDs atuais, ou seja, lê e grava mídias de DVD que todos usamos hoje em dia. O console Play Station 3 da SONY já vem com leitor Blu-ray enquanto a Microsoft está em negociação para incluir também em seu Xbox 360 drive semelhante.


A adoção em larga escala só está prejudicada pelo fator preço, pois o drive e as mídias ainda são sensivelmente mais dispendiosos que os mesmos elementos para o DVD convencional. De todas as tecnologias analisadas nesta matéria o Blu-Ray é a que terá a curva de adoção acelerada mais rapidamente. Da mesma forma que aconteceu com os CDs em relação aos DVDs (alguém ainda compra PCs ou notebooks com leitor ou gravador de CDs?), acontecerá rapidamente com o Blu-Ray. Isso apesar de nem todos disporem de PCs fortes o bastante para reproduzir vídeos em resolução Full-HD, que acontecerá com o devido tempo e renovação do parque de equipamentos. Mas poder contar com um disco removível que armazena até 50 Gbytes e que é robusto e durável (resistente a arranhões e gordura-tecnologia Durabis) é de fato um objeto de desejo bem compreensível. No Brasil os drives internos ainda são caros, custam cerca de R$ 850 (só lê blu-ray e grava DVD) bem mais de R$ 100 relativo ao custo dodrive de DVD convencional (lê e grava DVD). As mídias também apresentam diferenças consideráveis, de R$ 150 a R$ 250 para blu-ray enquanto DVDs graváveis de boa qualidade custam cerca de R$ 6 a R$ 8. Convém lembrar que preços tão diferentes assim também aconteceram na ocasião da dos DVDs e depois caíram rapidamente quando comparados aos preços de drives e mídias de CD.
Grau de adoção : 15%

Potencial de crescimento : 80%

Previsão de adoção em massa : 2009

2009 Blu-ray alcança escala suficiente para se tornar dispositivo barato

2010 DVDs em declínio vendem menos que aparelhos Blu-ray

2011 Gravadores domésticos de Blue-ray chegam em maior quantidade ao mercado

SSDs -também conhecidos como discos sólidos, pois são como discos rígidos, porém sem pratos rotativos ou braço para leitura como os discos convencionais. As informações são gravadas em circuitos eletrônicos, memórias flash similares às dos pendrives (porém bem mais sofisticadas). A conseqüência disso é que o tempo para realizar a leitura dos dados é dramaticamente mais rápido. Fabricantes de peso como Samsung, Intel, Toshiba, Sandisk, estão disputando este mercado.
Alguns fabricantes de notebooks já lançaram seus modelos mais sofisticados com SSDs. Ainda são sensivelmente mais caros e dispõem de capacidades inferiores as dos discos convencionais, entre 32 Gb e 64 Gb. Há também uso empresarial em sistemas combinados de SSDs (arrays) visando desempenhos estelares. Há variações tecnológicas (e de custo) que tornam o SSD mais rápido para gravações que é seu ponto fraco hoje em dia (mas ainda mais rápido que os discos atuais).A expectativa do mercado é que 2009 mais notebooks usem SSDs uma vez que dispositivos de 160 Gb e 250 Gb chegarão ao mercado. Sistemas de armazenamentos para empresas já começaram a trocar discos convencionais por SSDs para obter mais transações por segundo, ocupando menos espaço e consumindo menos energia. Apesar do preço maior já está valendo a pena. Um ótimo HD de 160 Gbytes 2.5 polegadas e 7200 rpm (usado normalmente em notebooks) custa hoje cerca de US$ 79 (custava US$ 119 há um ano atrás) enquanto um SSD de capacidade semelhante mas três a cinco vezes mais rápido custa aproximadamente US$ 399.

Grau de adoção : 5%

Potencial de crescimento : 60% (próximos dois anos)

Previsão de adoção em massa : 2011

2009 Produtos topo de linha saem com SSD

2011 SSD já é um opcional para a maioria dos laptops

2020 Custo do SSD fica mais barato que um HD

Wireless USB : o padrão USB dominou o mercado, aposentando as interfaces serial e paralela com inúmeras vantagens. Porém muitas pessoas se incomodam com a profusão de fios que se acumulam em torno do PC. O Bluetooth veio com a proposta de ser a conexão sem fios para PCs, mas por seu pequeno alcance e baixa velocidade este se restringiu a alguns poucos nichos (teclado, fones, headset para celulares, etc.). Usando WUSB Dispositivos USB podem ser usados até 3 metros de distância a velocidade de 480 Mbps (a mesma do USB atual com fio) e 110 Mbps até 10 metros de distância. Distâncias maiores podem ser alcançadas, mas em velocidades mais baixas (depende da necessidade do dispositivo).

O padrão WUSB (USB sem fio) foi proposto em 2004/2005 e foi sendo desenvolvido até que produtos começaram a chegar ao mercado há um ano permitindo conectar sem fios câmera digital, scanner, impressora, mouse, HD externo, teclado, webcam, alto-falantes, etc… Usando um adaptador interno WUSB no PC até 127 dispositivos podem ser conectados sem necessidade de Hubs. Somente se o PC não tem WUSB interno (ainda a grande maioria hoje em dia), um HUB WUSB pode ser acoplado ao PC para lhe conferir esta capacidade. Mesmo periféricos que não são WUSB “nativos” podem ser usados por meio de um DWA (Device Wire Adapter) que é um emissor/receptor de sinal de rádio que se comunica com o concentrador (ou HUB) WUSB. A IOGEAR é um dos fabricantes que já oferecem dispositivos, hubs e adaptadores WUSB. Entre eles um adaptador WUSB para ligar impressoras, mouse, scanners, etc. por US$ 130 e também adaptador para ligar monitor sem fio por US$ 230.
Grau de adoção : 10%

Potencial de crescimento : 30%

Previsão de adoção em massa : 2009/2010

2009 Apesar de ocupar espaço do Bluetooth crescem as opções de dispositivos WUSB

2010 Adoção em larga escala e início do declínio dos dispositivos com fio

2012 Ninguém nem lembra mais o que é um teclado, mouse, HD externo, com fio


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